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Ocupar o virtual com nosso fazer cultural

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A região amazônica tem uma população de 25 milhões de pessoas com caraterística eminentemente urbana, ou seja, 80% desses habitantes ocupam as cidades, onde duas metrópoles (Belém e Manaus) têm juntas mais de 5 milhões de pessoas, além disso temos milhares de pequenas cidades, aldeias, quilombos e comunidades espalhadas em territórios com grandes dimensões, algumas vezes maiores que países. Quanto ao digital, poucos domicílios possuem acesso de banda larga (20% das casas), sendo o acesso à internet feito principalmente pelo smartfone em conexões 3/4G de baixa qualidade, (resultado da baixa concentração de antenas nas periferias) e de assinatura pré-paga. Tudo isso limita o que as populações da Amazônia podem fazer e consumir no meio virtual, tornando-as reféns das plataformas que não consomem a chamada “franquia de dados”, especificamente aquelas da empresa META (Facebook e WhatsApp), não por acaso os principais meios disseminadores de fakenews. O próprio modelo atual da telefonia móvel, com poucos dados que logo são consumidos, prende o usuário nessas citadas plataformas, impossibilitando-o de consumir conteúdo em outros aplicativos ou mesmo de verificar a veracidade de informações que recebe através das plataformas da META. Precisamos melhorar a conectividade nas cidades, especialmente nas periferias, garantir o mínimo de acesso às populações da floresta e dos rios utilizando recursos que já existem que não são usados, como o satélite geoestacionário brasileiro (governo Lula/Dilma), e criando novos.

Essa realidade agravou-se durante a pandemia do covid19, onde ficou evidente a necessidade de maior inclusão digital e da ocupação do espaço virtual pela cultura popular, pelas mestras e mestres, pelos coletivos culturais, pelas comunidades tradicionais, pelos indígenas, pelos quilombolas, enfim, por todos os fazedores de cultura. Nessa pandemia o setor cultural foi o primeiro a parar e a sentir os efeitos sociais e econômicos: a perda de emprego, a perda de renda e a perda de inúmeros artistas vitimados durante esses anos de pandemia e de genocídio governamental federal. Como todos os demais setores econômicos, o setor cultural voltou-se ao uso das tecnologias e meios digitais para realizar lives, apresentações e diversas outras formas criativas para manter o fazer cultural nas condições que o covid19 impôs. No entanto, devido a tudo que já apontamos aqui e especialmente na cultura popular, a exclusão digital foi mais feroz e a desigualdade foi mais gritante.

Portanto nesse contexto trata-se de conseguir os meios (software e hardware) e os conhecimentos necessários para ocupar esse espaço, para acessar, transmitir e fazer a cultura também no meio digital, remixando, difundindo e preservando o conhecimento ancestral dos nossos patrimônios vivos, dando-lhes o devido reconhecimento e proteção autoral. Trata-se de criar, recriar e mixar a cultura nas novas tecnologias, resgatando do mero consumo de padrões estrangeiros a juventude amazônida, dando a autonomia necessária para a construção de uma Amazônia online una e integrada com a Amazônia offline. Trata-se de desenvolver nosso país e nossa região usando tecnologias nossas, com nossas necessidades e interesses protegidos da pirataria de dados estrangeira, essa que só faz alimentar o fakenews e a dependência tecnológica. Nossas contribuições com a campanha e o novo governo Lula são:

 

  1. Resgate do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania - Cultura Viva;

  2. Retomar os editais voltados à cultura digital (jogos, aplicativos, repositórios digitais, etc), colocando como critério de avaliação o uso de tecnologias, conhecimentos e licenças livres;

  3. Retomar o programa de inclusão digital através da disponibilização de pontos de acesso livres, no subsídio de equipamentos para pessoas de baixa renda, de cursos presenciais e a distância, além do incentivo à produção de tecnologia e plataformas nacionais;

  4. Reimplantar e atualizar a política dos TELECENTROS, para além do “cibercafé” criando um espaço integrado de cultura digital e maker (fabricação digital), voltado às necessidades de meios e conhecimentos para a ocupação do espaço virtual pelas comunidades periféricas e pelos fazedores de cultura;

  5. Revisão do limite de consumo de dados nas franquias de assinatura da internet móvel;

  6. Estímulo à formação de coletivos de cultura digital e integração as ICTs para a criação e difusão de arte, conhecimento e tecnologia regional, amazônida;

  7. Restaurar o MINC, Ministério da cultura;

  8. Auditoria nos contratos e demais gastos realizados na secretaria especial de cultura durante o governo do genocida.

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Contatos

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DADOS: PNAD IBGE 2017 e SITE Teleco.com.br

 DOCUMENTO ENTREGUE EM MÃOS DO NOSSO PRESIDENTE LULA DURANTE PLENÁRIA CULTURA NO TEARO DA PAZ 01/09/2022

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